quarta-feira, 11 de julho de 2012

VIDA SEM CELULAR

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Parem de lutar! Saibam que Eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na Terra. Salmo 46:10

Algum tempo atrás fiz uma viagem a trabalho para um país em que eu não dispunha de computador nem telefone celular. Ao retornar para casa depois de quase duas semanas fora, a princípio fiquei surpreso em perceber quanto tinha perdido – e depois quão pouco.

Os dispositivos que julgamos tão necessários assumiram o controle de nossa vida. A tecnologia que deveria poupar nosso tempo acaba pressionando ainda mais a vida.

Repare no e-mail. É maravilhoso: posso enviar uma mensagem para alguém que está do outro lado do planeta e receber a resposta em minutos, e tudo isso com um custo irrisório. O lado triste é que muitas pessoas que me enviam e-mails esperam que eu largue o que estou fazendo e envie imediatamente a resposta. Se não recebem minha resposta logo, o tom de sua mensagem se torna rude, até mesmo agressivo e hostil.

Não podemos nos esquecer do onipresente telefone celular. Realmente maravilhoso! Teclo alguns números, coloco o aparelho em meu ouvido e ouço a voz de alguém que está a milhares de quilômetros de distância com tanta clareza como se estivesse sentado ao meu lado. Mas o telefone celular também possui um lado triste, muito triste. Em uma única palavra: poluição.

O ar está ficando cada vez mais poluído com o barulho das pessoas tagarelando ao telefone celular. Vemos alguém passando na rua, gesticulando e falando em voz alta consigo mesmo. Pouco tempo atrás, levaríamos essa pessoa para o manicômio. Hoje não, ela está apenas falando ao celular!

Por que será que as pessoas têm que falar tão alto ao celular, a despeito do local em que estejam – no saguão do aeroporto, em ônibus, em restaurantes, a bordo de uma aeronave aguardando a decolagem? E por que será que muitos de nós pensamos que todas as chamadas são tão importantes que precisamos interromper qualquer conversa e deixar a frase pela metade? E-mails e telefones celulares assumiram o controle de nossa vida.

Está na hora de reassumirmos o controle. Há pouquíssimas mensagens e pouquíssimas chamadas que não podem ser deixadas para amanhã ou para daqui a uma semana, ou até mesmo para mais tarde.

Nossa maior necessidade hoje é exatamente o que o texto diz: Desacelere! Pare! Fique quieto!
 

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