quarta-feira, 31 de agosto de 2011

PEDOFILÍA – TRANSTORNO REPULSIVO E CRIMINOSO

Google Imagens


Introdução


  • Definição – Trata-se de uma parafilia, transtorno de personalidade, e outras comorbidades adjacentes. – Refere-se à atração sexual por crianças. Ped, palavra de origem grega e significa criança. Trata-se de um inimigo das crianças, que absolutamente se comporta como amigo.
  • Incidência – A maioria dos casos de pedofilia a criança tem menos de 13 anos, (pré-purbere) e o indivíduo é um homem com mais de 16 anos (pós-purbere). Esta é a idade inicial em que a patologia se apresenta, mas que pode se estender até a velhice.
  • Quanto à atração sexual: é duas vezes mais comum nas meninas do que nos meninos. Os pedófilos são atraídos por ambos os sexos.
  • Características das Atividades do Molestador:
  1.      Despir as crianças e olhá-la, expor-se para elas: 
  2.      Masturbar-se na sua presença, acariciá-las; 
  3.      Engajar-se em sexo oral com a criança;
  4.      Penetrar-lhe a vagina, a boca ou o ânus com os dedos, ou o pênis; 
  5.      Ou simplesmente apenas tocá-la e afagá-la, alguns sentem-se satisfeitos; 
  6.     Em quase todas as ocasiões a força física não é utilizada. A criança não está ciente das atividades inapropriadas executadas. Ele utiliza-se de “brincadeiras. 
  7.      Desenvolvem técnicas complicadas para obterem acesso às crianças, que podem incluir a obtenção da confiança da mãe. Casar-se com uma mulher que tenha uma criança atraente, traficar crianças, em casos mais raros, adotar ou raptar crianças. 
  8.    A força física poderá ser usada em alguns casos: ameaças/subterfúgios elaborados, caso a criança relate aos outro o que acontece. 
  9.      Algumas incidências criminais são cometidas em determinadas circunstâncias por indivíduos considerados “normais” (sob o uso de drogas ou álcool) 
  10.     Não devemos confundir o estuprador com o pedófilo, o primeiro sempre usa de violência. A violência do pedófilo é moral.


I – Personalidade dos Pedófilos

. Pensa-se que os indivíduos que molestam crianças sejam “marginais” ou “velhos sujos,” mas este não é o caso. Trata-se de um ato muito sério, que reflete um problema sério.
. O molestador de crianças é tipicamente respeitável, acatador de leis, dócil, amigo, carinhoso entre as crianças, envolvente e sedutor. Pode-se valer do uso de brinquedos, balas, doces. Qualquer tipo aparentemente “normal”. – Procura se cercar do público infantil.
. Há indivíduos que se infiltram em profissões peculiares ao público infantil, a fim de  darem vazão às suas fantasias. Mesmo entre os mais religiosos são eles encontrados.
Ø  O Ambiente de Atuação
Pode ocorrer na própria família, por vezes daqueles que menos se espera: irmãos, pais ou tios, amigos próximos da família. A atividade pode estar limitada aos próprios filhos, adotivos, parentes, ou crianças fora da família. Há uma preponderância nos profissionais que atuam ou têm contato direto com o público infantil.
Ø  A maioria dos molestadores não se encaixa no estereótipo, muitos passam despercebidos, são aparentemente inofensivos; ninguém suspeita de pessoas que agem normalmente e engajam-se em tal comportamento. Quando as crianças relatam via de regra não são acatadas.
Ø  Importante distinção – (Groth et AL & Brinbaum, 1978, 1972; Howels, 1981) Há indivíduos que  tem uma preferência por crianças, e que apenas as usam como substitutos de seus parceiros sexuais adultos. Os que preferem crianças a adultos são solteiros geralmente, e escolhem as suas vítimas entre os meninos.
Ø  Suas ofensas são planejadas e formam uma parte consistente de suas vidas. O desvio de personalidade  é crônico e reincidente, existe pouca possibilidade de cura.
Ø  Os indivíduos que usam crianças como substitutos, são principalmente atraídos por adultos como parceiros sexuais. Eles têm histórias heterossexuais, mais ou menos normais e seu uso de crianças está associado a períodos de estresse da vida e rejeição.
Ø  Distinção e Preferência – representa as duas extremidades de um contínuo ao invés de duma dicotomia. A distinção apenas realça o fato que é difícil ou impossível generalizar sobre indivíduos que sofrem de pedofilia. (Lanyon, 1986).

II – Psicanálise da Pedofilia

  • Estas atividades são geralmente explicadas como desculpas ou racionalizações de que possuem “valor educativo” e de que a criança obtém afeto, carinho e “prazer sexual” -  com os atos praticados, ou de que a criança foi “sexualmente provocante”. -  Esses temas são comuns na pornografia pedófila.
  • São comuns indivíduos presos condenados por pedofilia verbalizarem que, as suas ações não foram criminosas ou não trouxeram malefícios para as crianças, não conseguem ver danos emocionais causados às suas vítimas. Entendem que esse ato seria uma prova ou demonstração inequívoca de “amor” pela criança.
  • O transtorno começa na adolescência, por alguém quando criança que pode ter sido abusado. Alguns relatam de nunca terem sentido atração sexual por crianças até a meia-idade.
  • A pedofilia representa uma escolha narcisista de objeto – ou seja, o pedófilo vê uma criança com uma imagem espelhada dele mesmo quando criança (Fenichel, 1945, Freud, 1905, 1953).
  • Os pedófilos são considerados como indivíduos impotentes e fracos, que buscavam crianças como objetos sexuais, certamente elas não oferecem resistência, ou criariam menos ansiedade nos seus parceiros adultos. O que evita a ansiedade da castração.
  • Sérios transtornos de personalidade: Um estudo de Raymond et AL, 1999 –
    de pedófilos encarcerados:
    • 60% - tinham transtorno de personalidade;                                                                   
    • 20% - transtorno de personalidade narcisista; 
    • 22,5% - transtorno de personalidade anti-social.
  • O relacionamento sexual com crianças pré-puberes, as mantém com a auto-estima frágil, ao passo que do pedófilo alta. Em troca tais indivíduos idealizam as crianças nessas atividades, porque envolve fantasia inconsciente de fusão com um objeto ideal ou a restauração de um self idealizado jovem.
  • Em muitos casos a ansiedade em relação ao envelhecimento e à morte pode ser afastada por meio da atividade sexual com crianças.

III – Pedofilia e Transtornos de Personalidade

  • Severos padrões de personalidade narcisista, padrões anti-sociais, são parte de uma estrutura de caráter totalmente psicopata. Os determinantes são inconscientes do comportamento que podem estar associados de forma dinâmica do sadismo.
  • A conquista sexual da criança é a ferramenta da vingança. Há uma sensação de triunfo e de poder pode acompanhar a transformação de um trauma passivo numa vitimização ativamente perpetrada.
  • Segundo (Gazarian e Buchele, 1990), Poder e Agressão são a tônica dos pedófilos em relações incestuosas, com os seus próprios filhos e enteados. Estes homens não se sentem amados por suas esposas e provocam respostas de cuidado em seus filhos ao se retratarem a si próprios como vítimas.
  • Essa auto-representação como mártires é um sentido de controle e poder sobre as suas parcerias sexuais. Esses pais incestuosos nutrem uma extraordinária hostilidade em relação a mulheres, e, com freqüência pensam no pênis como uma arma a ser usada em atitudes de vingança com as mulheres. Alguns debaixo de intensa raiva produzem ereções.  (Ganzarian e Buchele, 1990).
  • Os pedófilos em geral são diferenciados por serem Fixados ou Regressivos (Groth e Birnbaum, 1979, Mc Conaghy, 1998).
  • Fixados – sentem-se sexualmente atraídos por pessoas mais jovens a partir da adolescência. Normalmente concretiza os seus atos com meninos;
  • Regressivos Não apresentam atração sexual por pessoal mais jovens até a fase adulta, exploram sexualmente as meninas. Aqueles que atacam as meninas cometem os seus atos em casa, sob forma incestuosa, e tendem a possuir muito poucas vítimas. Podem também serem atraídos por mulheres adultas, o prognóstico é melhor do que o de pedófilos fixados, cujo foco principal são os meninos.
  • As pessoas que molestam crianças apresentam alto grau de patologia, além de transtornos de ansiedade e distimia são comuns e associados à ampla patologia de caráter.
IV – Perfil dos Criminosos Sexual
·         Homens tímidos
·         Falta de habilidade e traquejo social
·         Ansiosos
·         Compulsivos
·         Com idade superior a 25 anos
·         Classe econômica baixa (encontra-se em classes mais favorecidas)
·         Déficit mental ou de inteligência
·         Psicóticos com alteração cognitiva.
·         Intoxicação grave, com álcool ou drogas
·         Transtornos de personalidade

V- O que fazer em tais situações de Pedofilia?

  • Casos recorrentes e flagrantes, denunciar as autoridades e aos órgãos de proteção da criança, ou aos conselhos tutelares;
  • Havendo indícios. Buscar ajuda de um profissional especializado: psicólogo clínico, psiquiatra, assistente social. Iniciar tratamento com psicoterapia e se necessário medicação.
  • Se o indivíduo se submete a tratamento e tem genuína vontade, não é impossível que encontre a cura.
  • Deus pode curar tudo quando existe sinceridade de propósito, reconhecimento da doença, humildade, e obstinada e perseverante vontade e determinação.
Créditos Copyright direitos reservados. Produzido em 2008

Joel Pola – Psicólogo Clínico, comentários e pesquisa
e-mail: j.pola@uol.com.br – tel. 2591-0216
Referências Bibliográficas:
·         Costa, Christian da Silva, Revista Psiquê, ano III, nº 9 p.55 - Pedofilia e Violência Sexual, artigo. 2008. São Paulo.
·         DSM-IV-TR, Manual de Diagnóstico Estatístico de transtornos mentais, trad. Claudia Dornelles- 4ª Ed. Os. 543, 544 – Porto Alegre, Artmed. 2002
·         Gabbard O. Glen, Psiquiatria Psicodinâmica, Pedofilia, Artmed Editora, p. 244 – 2002, São Paulo.
·         Holmes, David S. Psicologia dos Transtornos Mentais; trad. Sandra Costa -2ª Ed. ps. 419, 420. - Artes Médicas, Porto Alegre, 1997.

VIOLÊNCIAS DECLARADAS E VELADAS - AUTOR JOEL POLA

GOOGLE IMAGES

Texto Chave: Gen.6: 5, 11 a 13.
E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.

E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.

Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.

Introdução: - Estatística:

·         Sociedade Mundial de Vitimologia (SMV). – Brasil é o campeão mundial;  “a cada 16 mulheres uma mulher é agredida.
·         70% - das mulheres assassinadas foram vítimas de seus maridos.
·         Fundação Perseu Abramo – (FPA) – 43% das mulheres foram vítimas de violência sexual.
·         33% de alguma forma física.
·         24% com armas no cerceamento de ir e vir.
·         22% - agressão propriamente dita, 13% estupro conjugal.
·         27% violência psíquica.
·         11% - por assédio sexual – Apenas 57 % das mulheres brasileiras nunca sofreram qualquer tipo de violência, - Chegou a hora de Quebrar o Silêncio e Acabar com Isso !!!  (QS-2010)
O que é violência? - Entre as melhores definições de violência: - Constrangimento físico, qualidade do que é violento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação. Tudo que atenta contra a pessoa e lhe causa danos. É opressão, tirania. Ela pode se dar de uma forma declarada, ostensiva, ou velada sutil, e lentamente gradativa.
            Essas modalidades de violência, são desdobramentos de seqüestros quer do corpo ou da mente.A violência declarada é a prova concreta do desrespeito, houve uma invasão de território , houve um delito, o corpo sofre na carne as conseqüências, aqui colocamos os assaltos, os assassínios, latrocínios, acidentes, esse quadro nos deparamos diariamente nas paredes de nossa vida.
Hoje quero chamar mais a atenção para as violências veladas, são as invasões que não podem ser vistas com facilidade, trata-se de um processo silencioso com o poder de minar a alma humana, e privá-la da autonomia. (Ilustração: da Filha de uma família libanesa- Mello Fábio, Quem me roubou de mim.p.13,14)
·         Perdeu seus pais na guerra, restou um único parente distante que a trouxe para um tio no Brasil, apenas com 15 anos. Chegou e já tinham arrumado um casamento para ela;não tinha um centavo no bolso, e não teve coragem de dizer não.
·         Nunca houve amor entre o marido e ela. Mais de 32 anos se passaram, servindo o marido sob todas as formas de escravidão: 8 filhos, 7 homens e uma mulher; 5 netos, e uma história de sofrimento que parece que saiu de um clássico de literatura;
·         Nos primeiros dias de convivência, o marido deixou claro que não seria fácil. Ela não soube discordar. As primeiras agressões em segredo, depois pequenos empurrões, até chegar ao absurdo de surras, que a deixavam marcada por todo o corpo. Ali estava um rosto desfigurado de tanto apanhar e sofrer.
·         As surras deformaram a sua alma, começaram leves. Antes do tapa, um grito, vieram os empurrões, depois os golpes violentos, tudo isto foi num salto pequeno. Tudo começa nesta vida, e só cresce se permitirmos.
Essa mulher não sabia sorrir, quando conversava com seu psicólogo, ele não conseguiu identificar um traço de alegria/esperança. >Como conseqüência paterna. Os filhos herdaram do pai os mesmos traços daquela personalidade violenta, e os seus palavrões. Importante, a única filha da mulher rebelou-se contra aquele tipo de estrutura familiar, foi embora para nunca mais voltar. Teve coragem e conseguiu sua autonomia.
A mulher não sabia o que pedir? - estava confusa e agora um agravante a mais, estava abatida com a morte de seu marido, sentia no peito um alívio, mas experimentava ao mesmo tempo o peso de não saber como recomeçar. Tinha medo:Pensava no seu transtorno de dependência: “Ruim com ele, pior sem ele!” -  Essa mulher era o símbolo do medo, temia a vida, como temia o marido morto. - Não dormia, suas horas de sono eram poucas. Vivia em constante ansiedade; como o seu marido fosse voltar a qualquer momento. Começou alucinar ouvia os gritos do falecido. Tinha sempre a sensação de que o espírito de seu esposo estava andando pela casa.
·         Aquela mulher não sabia viver mais longe de seu agressor. Isto é amor de domínio, é um amor estragado. Muitos homens acham que são proprietários de suas mulheres. Esquecem-se que têm uma certidão de casamento, e não uma escritura de propriedade.
·         Esta mulher aprendeu a engolir o choro, esqueceu de chorar, não sabia mais reclamar dos maus tratos. Seu coração foi subjugado por um homem frio insensível, que se tornou proprietário de sua vida, e roubou sua própria história, furtou a sua alma. Porque ela assim o permitiu.
·         A mulher autorizou o invasor; ele abriu o portão de seu coração e veio pisar nas flores de seu jardim. Depois de tanto tempo percebeu que não tinha voz, nem coragem para proclamar a ordem de seu despejo.
·         Pequenas permissões, abrem espaços para grandes invasões, grandes tragédias começam com pequenos descuidos, displicências miúdas. São as regras da vida, se quisermos o fruto teremos que ter empenho no cultivo do broto.
Uma realidade cruel:
·         Ela foi vítima de um seqüestrador, de um roubo não material, mas de um roubo profundo. Roubou a sua individualidade, seu poder de escolha, sua alma. Foi encerrada num cativeiro. Roubou a sua direção > ela não sabia dar nem mais um passo em direção a liberdade que agora lhe cabia.
·         O seqüestrador chegou quando a sua vida estava difícil, e frágil. Primeiro: violência velada, depois declarada, e finalmente gritada pra quem quisesse ouvir.O ladrão não foi repreendido, o agressor cresceu e alcançou força porque a vítima o nutriu. Hab. 1:2,3.
·         Agora esta mulher precisava voltar aos tempos de menina, fazer uma longa viagem de retorno ao tempo, precisava voltar a ser ela mesma, reaprender a viver por ter perdido a sua individualidade.
II – DECORRÊNCIA DAS VIOLÊNCIAS
Isto não acontece só com esta órfã libanesa, podemos encontrar exemplos no seio da vida conjugal: - Há muitas posturas arbitrárias tomadas por alguns maridos:
·         Ter a esposa que pedir dinheiro o tempo todo para as compras da família, e quando gasta alguns reais é severamente repreendida, e humilhada como se não soubesse gastar;Isto é marido ou capataz.
·         Ciúmes excessivos, alguns maridos não deixam as suas esposas saírem, ou fazem muitas perguntas para dar o salvo-conduto. Enquanto outros, telefonam excessivamente tentando acalmar os seus próprios ciúmes, ou até mesmo colocando suas esposas em alguma armadilha. Vêm coisas alucinam e fantasiam no temor de serem traídos.São doentes e não se bancam, vivem da insegurança.
·         Há quem agride os outros, aumentando a sua voz. Ninguém precisa gritar para demonstrar autoridade. Palavrões ou nomes dentro de casa, os filhos logo aprendem e começam a imitá-los nas suas divergências entre irmãos;
·         Outras violências maternas e paternas: - Freqüentemente ouvimos: “você não vai dar nada na vida!” – “você é um fracasso, incompetente, vagabundo preguiçoso”.- “Você é inútil, quando vai aprender.” –“ Você não cuida de seus irmãos, quando o mais velho teria obrigação de exercer uma função que não é a sua.”
·         Outras agressões poderão acontecer através do medo e da coação. Desqualificando os filhos a esposa, e assim por diante. A violência velada deixa marcas no caráter, porque inibe o desenvolvimento e o florescimento do caráter.
Este é o seqüestro da mente e do corpo é uma das mais duras realidades contemporâneas.O corpo sofre as conseqüências da violência declarada. Quero ainda ressaltar se possível as violências sutis, mais ingênuas. Ilustração: - Uma senhora gostaria de ter sido médica, mas o pai sempre proibira, porque achava que ela deveria ser advogada. Tentou fazer ciências biológicas , mas nada fez com que o seu pai mudasse de idéia. Será que estamos violentando os nossos filhos se não desejamos que eles escolham a sua profissão ou o seu futuro? – Esta moça nunca se opôs as decisões de seu pai, mas desistiu de seu sonho. Estudou direito se formou , mas nunca conseguiu trabalhar na área. Quando se casou se dedicou às prendas domésticas.        
                                                                                                                                                                            III – A Violência pelo Descuidar
As relações humanas estão sempre vulneráveis a riscos de atos violentos velados. Podemos identificar muitas delas nesse momento, especialmente o que tem acontecido entre pais e filhos: Se no passado a autoridade era exacerbada, hoje vivemos a ausência de referencial e autoridade.
·         Pais não estão sabendo lidar com os filhos que estão crescendo. Não estão fazendo qualquer tipo de intervenção para nortear o seu crescimento. Há uma crise nos papéis.Filho não sabe mais o que é ser filho; e muito Pai está em dúvida e não sabem o que é ser pai. – Prov. 29:17.
A maioria dos pais erra desejando acertar, ninguém afinal de contas quer errar na educação dos filhos. Aqui percebemos uma violência velada praticada contra crianças e adolescentes.Vamos voltar ao excesso de liberdade quando os pais, permitem que seus filhos façam o que bem entender de sua vida, também é uma violência cometida. Está-se impedindo o crescimento. Filhos estão sendo privados de limites.
Cada vez que uma criança é exposta ao direito de decidir, naquilo que ela ainda não está preparada, chamo este, também um ato de violência estou privando jovens e adolescentes e crianças de saberem o que é certo ou errado. Não estou treinando a escolha, isto é nosso dever. Ensinar, corrigir, advertir, persuadir e castigar quando for necessário.
Algumas mães estão queimando etapas em relação aos seus filhos. Há uma tremenda inversão de valores. Mães competindo com as suas filhas, pra ver quem é mais bonita, ou quem está mais magra. Mães vestindo as suas filhas como se fossem adulto-jovens, salto alto, maquiagem, baton, pintura nos olhos. Roupas de mulher. Parece que nisto os homens estão mais atrasados, vejo pais mais juvenis do que os seus filhos.
·         Quando eu forço uma criança a adotar um comportamento que não condiz com a sua idade isto também é uma violência, eu estou apressando um comportamento impróprio à sua idade, começo a exigir dela uma compreensão que ela ainda não tem. Forço a participar de um mundo que não é o seu. Estamos forçando a criança à orfandade. Estou com muita pressa que ela se torne adulta. Isto é violência sutil, mas é.
·         Crianças sem limite vão se tornar adultos imaturos e violentos. As relações precisam acompanhar a cada etapa, promover o amadurecimento a dignidade e o amor. Prov. 21:7
IV – O Pequeno Agressor
Agora vou contar a história de outra mulher. Nessa mulher não há marcas de violência, o que se percebia era um grande cansaço no seu rosto, muito envelhecido. Seu rosto mostrava o retrato de sua história.(Idem, idem 78 a 80)
·         Essa mulher nunca foi agredida por seu marido, um marido excelente provedor, aplicado, mas que não sabia amar/e ser pai/sempre despojado de sua autoridade. Um filho com menos de 9 anos assumiu o comando da casa. Filho arredio as regras, sem limites, que nunca foi ensinado ou corrigido. Ele conseguiu destruir o casamento jogando um contra o outro. O marido sentiu-se infeliz e incapaz de sofrer tanta humilhação. Resolveu ir embora, deixou de ser marido e pediu demissão de Pai.
·         Pensava que com a sua ausência as coisas melhorariam, imaginando que o filho poderia ser dócil com a sua mãe, mas isto nunca aconteceu. Ele nunca teve nenhuma influência na educação do filho, apenas a mãe. Ela sempre o desautorizava severamente.
·         Essa mãe procurou ajuda externa e confessou que tinha sido agredida duas vezes. Na 1ª vez passar pela sala levou o pé no cabo do videogame e arremessou-lhe uma tesoura. Na 2ª, foi coisa corriqueira e de quem ama. “Filho v. já tomou o café.” – Pior que a agressão do filho foi que ouviu da intenção que desejava matá-la.
·         Queria levar o seu filho a uma psicóloga, o menino recusou-se a entrar no consultório. A psicóloga insistiu para que retomasse a sua autoridade. A vida não era fácil a mãe confessou escolher palavras pois temia as suas reações. O filho assumiu o controle da mãe. Ela permitiu o acesso ao seu medo.
·         Ela queria ser agradável uma mãe muito bem intencionada, mas muito frágil, e temia errar. Não querer errar é uma fragilidade cruel, neutraliza as forças e ficamos em nosso pequeno mundo. Até das boas intenções nasce à violência. Boas intenções não salvam o nosso mundo. Amor de mãe cego conduz seus filhos ao caos. –-PROV. 30: 11 a 14. - 19:26
Voltemos à história da mãe boazinha - Trinta e sete anos e o agressor é apenas um homem de apenas 9 anos de idade. O menino fora privado de ser educado da forma correta, privou-o da autoridade, da disciplina que gera o caráter. O amor cego nos coloca em cativeiros. Muitos pais e mães estão acorrentados ou seqüestrados por seus filhos. Isto não é justo é violência velada.
Filhos e filhas sem limites, são órfãos de pai e mãe; eles delimitam o seu próprio território, sem ser vitimado. Não podemos abdicar da responsabilidade de educar. Estabelecer limites é um processo amoroso e longo. Percebemos que a violência não depende do tamanho ou idade de quem agride. Precisamos preservar a liberdade mínima de todos, que quando ameaçada representa um sério risco.
Conclusão: - Isa. 60:18 - A vida nos ensina uma sabedoria milenar, plantas precisam de podas, para que não ultrapassem os limites estabelecidos. Se não houver poda, a árvore avança o território que não podia ter avançado. As arvores crescem sob disciplina. A tesoura da poda é que dará o rumo a seguir. Isaías 59: 1- (Pesquisado e criado por Joel Pola em SP - 19/08/2010).