Por
isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida. [...] Observai as
aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo,
vosso Pai celeste as sustenta. Mateus 6:25, 26
Já que as aves não se preocupam consigo mesmas, talvez não nos devamos preocupar com elas também. Mas no último Dia das Mães eu me preocupei. Eu tinha flores para plantar e, quando fui para o quintal, uma ave saiu voando rapidamente de algum lugar. Mas plantei cravos, petúnias e alisso na primeira floreira.
A outra floreira estava cheia de amores-perfeitos que renasceram das plantas do ano anterior. Eu acabava de parar para admirá-los quando vi um ninho com três ovos. Dali foi que o passarinho tinha voado! E foi então que fiquei ansiosa. Receei que pudesse ter espantado a mamãe passarinho para sempre, ou talvez os ovinhos tivessem esfriado enquanto ela se ausentara do ninho durante todo o tempo em que fiquei plantando. Saí rapidamente. Espiando pela janela da cozinha, vi um pintassilgo chegar e pousar sobre a borda da floreira, olhar ao redor e desaparecer entre os amores-perfeitos.
Nesse instante, concluí que ela não havia escolhido um bom local, pois nossos gatos costumam andar pelo quintal. Achei que, quando chovesse, a mamãe passarinho fosse ficar molhada demais ou o ninho se enchesse de água, e assim meu marido estendeu um toldo sobre a floreira para desviar a chuva do ninho. Agora nos sentíamos melhor. Mais tarde, quando espiei para fora, vi três filhotinhos de pássaro. Pela janela, observei mamãe e papai ocupados, trazendo-lhes alimento. Mas ainda me preocupava achando que os gatos encontrariam os filhotes, até percebermos que os bebês não davam um pio. Os gatos andavam de um lado para o outro, sem saber do segredo.
Num domingo ensolarado, três semanas depois de ter visto os ovos pela primeira vez, procurei arrancar algumas ervas daninhas um pouco mais longe, porém a mamãe e o papai passarinho ficavam me repreendendo. Essa foi a única vez em que tive a curiosidade de saber se as aves se preocupam. Os filhotes estavam bem maiores e já enchiam demais o ninho. Na manhã seguinte, bem cedo, todos haviam ido embora. Tinham idade suficiente para voar.
Para onde teriam ido? Essa passou a ser a minha preocupação, mas decidi que chegara o momento de eu confiar em Deus, assim como a mamãe e o papai passarinho haviam feito o tempo todo.
Lana Fletcher
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