sexta-feira, 25 de julho de 2014

BEBÊS HORA DE DORMIR



Bebês: rotina para hora de dormir traz benefícios
Uma rotina fixa para a hora de dormir estabelece a base para os bons hábitos, o bebê levará os benefícios para toda vida.
É bom começar a acostumar o bebê desde cedo, porém, no início, escolher quando começa a noite de sono de um recém-nascido pode ser uma decisão arbitrária e complicada. Mas, com um pouco de paciência, o bebê aos poucos ajustará o relógio biológico para coincidir com o seu. E isso é maravilhoso. 

O que fazer para estabelecer uma rotina:
A rotina deve ter uma sequência: envolve a mamada, o banho, a troca de roupas, uma história e uma canção de ninar. Aos poucos você prepara o bebê para o sono.
Você pode incluir uma massagem, música, falar sobre os acontecimentos do dia, tudo o que quiser, o mais importante é repetir essa sequência todos os dias, entreter o bebê e deixá-lo tranquilo.
O tempo que essa rotina tomará depende da idade do bebê, mas cerca de 30 e 45 minutos é o adequado. Procure dar início ao procedimento no mesmo horário todos os dias, e siga o mesmo padrão.
Deixe os ambientes da casa agradáveis e realize as atividades de modo calmo e relaxado.
Conforme o bebê cresce a rotina evolui. Mas, nas primeiras semanas a repetição é importante para garantir o sucesso. 

Rotina para gêmeos:
Os princípios são os mesmos! Mas, a logística fica mais difícil não é mesmo? A participação de dois adultos é essencial para facilitar a tarefa. 

Peça ajuda aos seus familiares, e se puder, contrate uma babá ou enfermeira.
Procure estabelecer um ritual para demonstrar que está na hora de dormir, e se quiser passar um pouco de tempo com cada gêmeo, reserve mais tempo para a rotina.
Se os gêmeos tiverem necessidades de sono distintas, tente fazê-los dormir no mesmo horário para fazer com que um acompanhe o outro. Coloque primeiro no berço o bebê que dorme mais.
 

Quanto dorme um bebê:

De 0 a 3 meses – Com três meses o bebê dorme cerca de 15 horas por dia. O mais comum é que eles tirem 3 cochilos que totalizam 5 horas e o período mais longo, de 10 horas de sono, poderá coincidir com a noite. 

De 3 a 6 meses – Nesta fase eles dormem 14 horas por dia. Eles, normalmente, cochilam apenas 2 vezes por dia, por 90 minutos a 2 horas. É comum que eles durmam 6 horas de uma só vez à noite. Nessa fase eles já conseguem voltar a dormir quando acordam.

De 6 a 9 meses – Com essa idade eles dormem 14 horas. O tempo que ele passa cochilando durante o dia dura menos de 3 horas no total. Agora, em teoria, ele é capaz de dormir a noite toda sem mamar. Aos 6 meses já é mais fácil estabelecer uma rotina na hora de dormir e diminuir as mamadas durante a noite. 

De 9 a 12 meses – As horas de sono totalizam 14 horas. Ao completar um ano seu bebê pode acostumar a tirar apenas um cochilo durante o dia, o que ajuda a consolidar o sono à noite. Em média, o cochilo dura cerca de 90 minutos a 2 horas. O restante das horas de sono, entre 11 e 12 horas, acontecerá durante a noite. Aos 12 meses a maioria dos bebês acordam, mas voltam a dormir sem qualquer ajuda.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

PAIS NÃO DEVEM TRANSFORMAR AS CRIANÇAS EM CONFIDENTES





Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo



Pais não precisam esconder problemas das crianças, mas não podem esperar delas amparo


Por causa das relações familiares mais informais, é comum que muitos pais conversem sobre tudo com os filhos, seja qual for sua faixa etária. Nem sempre, porém, as crianças estão preparadas para lidar com determinados assuntos e preocupações do mundo dos adultos. Saber ponderar a maturidade emocional dos filhos, o conteúdo do que é dito, a forma como as coisas são faladas e, principalmente, não transformá-los em confidentes são algumas das atitudes que os pais devem ter para preservá-los.

"Nossas questões pessoais não devem se tornar um peso para eles", afirma a psicóloga Cecilia Russo Troiano, de São Paulo (SP), autora do livro "Vida de Equilibrista – Dores e Delícias da Mãe que Trabalha" (Ed. Cultrix). "Filhos não são conselheiros. Eles precisam sentir que os pais são sua fonte de apoio, e não o contrário. Antes de serem amigos, são pais e filhos. Amizades eles terão com muitas outras pessoas na vida, mas o vínculo mais importante apenas os pais podem dar", afirma a especialista.
O fato é que mesmo que certas coisas não sejam ditas explicitamente, os filhos captam se os pais estão felizes ou tristes desde a mais tenra idade. Isso não significa, porém, sinal verde para compartilhar tudo abertamente com eles. "Mas, às vezes, falar sobre o que está deixando os pais tristes é positivo, já que a criança pode ter a fantasia de que algo ruim está acontecendo por culpa dela. Saber que a tristeza vem de outras fontes pode ser um alívio", diz Cecilia.

Porém, a ideia não é pedir colo para as crianças, já que são elas é que precisam de amparo. "De novo, vale a regra do bom senso: não esconder sofrimentos, mas tampouco usar o desabafo aos filhos para que eles sirvam de fonte do conforto ou atuem como conselheiros", declara a psicóloga.

De acordo com a psicóloga clínica e psicoterapeuta Triana Portal, de São Paulo (SP), não há nada de errado em comentar com os filhos que se está com problemas no trabalho, que o pagamento atrasou, que a família vem atravessando dificuldades financeiras, que naquele dia acordou de mau humor.

"Essa situações devem ser compartilhadas até para ensinar senso de responsabilidade, valores, de mostrar que a vida é bela mas tem suas mazelas, que não podemos ter tudo o que desejamos no momento em que desejamos. É importante que os pais aproveitem as questões cotidianas para ensinar lições de vida", fala a especialista.


Filtre as informações


Há uma linha tênue entre o que a criança consegue lidar e o que não, por vários fatores: maturidade da criança, tipo de criação, se há problemática concomitante... De modo geral, porém, não devemos subestimar as crianças achando que elas não ouvem, não enxergam ou que são tolas –daí a importância de prestar atenção na forma como se diz as coisas.

"Conheço pais que discutem problemas abertamente na frente dos filhos e acham que eles não sabem de nada do que acontece ou que não estão entendendo. Isso é uma agressão velada. A criança fica isolada, mas por entender que as coisas não vão bem, sofre em silêncio com um perigo que, muitas vezes ,ela imagina ser maior do que realmente é", afirma Triana Portal.
A questão da segurança emocional é fundamental na formação da personalidade da criança. Omitir um problema não significa preservar. Quando o movimento é de manter os filhos distantes, o resultado é uma distância também na relação. Um bom exemplo é quando um dos pais perde o emprego, uma situação triste que desencadeia uma angústia familiar que dificilmente escapará às "antenas infantis". É necessário comunicar o fato à criança, mesmo que doa, mas devemos fazê-lo com honestidade e tranquilidade.

"Uma boa sugestão é falar à criança que ela não precisa se preocupar, porque os pais vão dar um jeito de resolver tudo, e que ela deve continuar cumprindo suas tarefas. E que os problemas dela não são esses, mas, sim, brincar na escolinha, obedecer o papai e a mamãe etc.", fala a psicóloga e psicopedagoga clínica Ana Cássia Maturano, de São Paulo, coautora do livro "Puericultura – Princípios e Práticas (Ed. Atheneu).




Frases com ameaças e comparações prejudicam o desenvolvimento infantil


Ao perderem a paciência ou quererem demonstrar o enorme afeto pelo filho, alguns pais deixam escapar frases que têm impacto negativo no desenvolvimento das crianças. A seguir, três especialistas analisam as nove mais comuns | Por Priscila Tieppo - do UOL, em São Paulo Doki/Arte UOL

E como filtrar as informações? Se o chefe está pegando no pé de um dos dois, por exemplo, não precisa dizer isso para os filhos. "Mas se as crianças perguntarem por quê estão chateados, não há nada de mau em responder que estão assim porque o chefe não foi muito legal no trabalho, mas que nem por isso é necessário que se preocupem", comenta Ana Cássia.
Problemas financeiros também não devem ser omitidos, pois é essencial que a criança esteja a par da situação da família –e, mais uma vez, os adultos devem acalmá-la explicando que se trata de algo temporário. De acordo com a psicopedagoga, os pais não precisam levar dilemas de um universo maior para a criança, como "sua avó fez um exame e deu uma pequena alteração" ou "seu tio está deprimido", porque são questões que não a atingem de uma forma direta. 

O ideal é fazer um resumo da história, tirar os excessos e as palavras pesadas e evitar o pessimismo. Além disso, antes de falar com seu filho, faça um exercício: imagine-se como criança, ouça a história que pretende contar como se fosse você ouvindo e avalie como se sentiu. "Você conhece seu filho, pense bem, não aja por impulso. Se for com tato saberá o que deve dizer. E se hora ou outra se exceder, não se culpe: pais erram, são humanos", diz Triana.


Problemas de casal


Caso os pais estejam com um problema na relação de casal, não devem expor o conflito. É um erro falar mal do marido ou da mulher com o filho, procurando transformá-lo em cúmplice. Em seu desenvolvimento social, as crianças pequenas tomam para si os problemas pessoais dos pais e acreditam que elas são a razão das brigas entre os dois. Então, cuidado.

E os adultos também devem prestar atenção à maneira como lidam com a rotina. "O pai que chega em casa todo dia reclamando do trabalho e do cansaço e dizendo que o fim de semana não chega nunca vai passar ao filho a ideia de que trabalhar é algo negativo. Os pais nunca devem fazer isso, pelo contrário, o ideal é procurar transmitir o lado positivo dizendo, por exemplo, que foi elogiado ou que fez determinada realização", diz a psicóloga Maria Rocha, de São Paulo (SP).

"Um adulto que só reclama, murmura, coloca nos problemas um peso muito grande e só vê obstáculos vai interferir na visão de mundo das crianças, que também vão agir dessa forma negativa quando tiverem problemas", completa. 


Você projeta seus desejos no seu filho?


Os pais esperam que seus filhos sejam felizes e bem-sucedidos. Por isso, é natural projetar neles alguns de seus sonhos, como cursar certa universidade. Descubra como você lida com esse tema | Consultoria: Anne Lise Scappaticci, terapeuta familiar


FILHOS SEM LIMITES



 
Thinkstock/Getty Images
Neste post, reuni algumas dúvidas sobre os insistentes ataques de birra e manifestações de agressividade das crianças.

Dúvidas como a do Emerson, cujo filho de 1 ano e 5 meses tem reagido de maneira agressiva quando contrariado, batendo em si mesmo e nos outros.

A Edinalma está muito preocupada com o sobrinho de 3 anos, pois ele tem batido nos colegas da escola e tem dúvidas se devemos incentivar as crianças a revidar ou não uma agressão do amiguinho.
Já a Katia, se diz “desesperada” com as atitudes agressivas do filho de 4 anos e tem se perguntado:  “Onde foi que eu errei?”
A Estela contou que sua filha de 2 anos bate, grita, se joga no chão e esperneia. Disse ainda que como mãe, sente-se frustrada, pois acha que não está sabendo educar a filha.
Vou pegar carona nas dúvidas e questionamentos destes pais, para pensar sobre alguns aspectos importantes.

No dia-a-dia do consultório, observo com frequência, pais tendo muita dificuldade de colocar limites para os filhos. Talvez por insegurança, ou por medo de serem duros demais, ou frustrá-los em demasia. Mas venho constatado que cada vez mais, os pais vem perdendo espaço na hierarquia familiar e acabam se tornando reféns da própria dificuldade de se colocarem no lugar de adulto.

A consequência disso? Os famosos “tiraninhos” com os quais esbarramos diariamente no supermercado e no shopping, dando chiliques e fazendo exigências. Outro dia, presenciei uma cena em um café, onde a mãe estava ficando quase maluca, tentando atender aos insaciáveis desejos de sua filha de aproximadamente 3 anos. Foram várias idas e vindas do garçom, que estava visivelmente “tonto” com tantas reivindicações da menina. Ela dizia que queria bolo, mas quando o bolo chegava, desistia do bolo e pedia pão-de-queijo, e assim a coisa foi se estendendo, até que a mãe, meio sem jeito, olhou para o garçom e disse: “Quando é comida, a gente não pode negar, né?”. Fiquei ali, observando a mãe, identificando quanto ela estava se sentindo insegura e receosa em dar um basta na situação. Parecia que ela precisava da comprovação do garçom de que realmente estava fazendo o certo.

Filho precisa que o adulto dê a referência do que ele pode ou não fazer. São os pais que estabelecem as regras! E, às vezes, preocupados em não tolir os movimentos de autonomia dos nossos filhos os pais se escravizam nesta relação e focam tentando aos incessantes quereres! Não há crescimento se não há frustração. Não dá para querer poupar o filho de lidar com os limites impostos pela vida. É desde pequeno que ele aprende a lidar com a falta. Faz parte escolher entre o bolo e o pão de queijo. E essa é apenas uma das muitas escolhas com as quais nossos filhos vão se deparar durante a vida. Há situações nas quais vamos ter que escolher por eles. Nem que seja para dizer: “Bolo é o que temos para hoje”. O pai e a mãe precisam dar contorno aos desejos dos filhos. Estabelecer o que é ou não possível naquele momento.

Mas, então você pode me questionar: “Ah, mas se eu não faço o que ele quer, ele dá chilique!”. Pois é, eu vejo os pais cada vez mais fazendo o que os filhos querem para não terem que lidar com a cara feia. Aguentar o chilique do filho requer tolerância! Lá em casa, eu tenho o “canto do calminho”. E diariamente, no consultório, oriento os pais a proporcionarem este espaço de contenção para os filhos. O “calminho” não é um “cantinho da disciplina” e nem um “lugar para pensar”. Sabe aquele momento em que você precisa contar até 10? Ou até 20, até a vontade de explodir passar? O “calminho” serve para isso. É um lugar para se acalmar, se organizar, autocentrar-se! Vale dizer pro filho: “você não está conseguindo ouvir a mamãe”, ou: “eu não consigo entender quando você grita”, “bater não resolve ou não me ajuda a te entender”, etc.

Muitas vezes, a criança precisa que o adulto a ajude a traduzir o que ela está sentindo. Dá certo, por exemplo, legitimar para a criança o sentimento dela diante da frustração. Eu diria para a mãe do café: “Não tema frustar sua filha! Ela não vai deixar de te amar por causa disso. E, se ela quiser te bater, você não vai deixar”. A paciência, o espaço para o diálogo, a conversa olho no olho, ainda são as ferramentas mais eficazes na difícil tarefa de educar! Outro dia, uma mãe me disse: “Eu cheguei em casa super estressada por causa do trabalho e meu filho me disse: mãe, senta um pouquinho lá no calminho!”


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Concorda sobre ter ou não ter filhos?



Heloísa Noronha

Um casal deve conversar muito antes de decidir ter ou não ter filhos
Em algum momento na história da maioria dos casais surja o assunto: ter ou não ter filhos. O problema é que nem sempre a vontade é a mesma para ambos. E quando apenas um dos dois alimenta a ideia de ter, há grandes chances de a relação atravessar períodos de turbulência. Para evitar esse tipo de crise, segundo especialistas, o melhor seria conversar sobre o projeto ao perceberem que o relacionamento começa a tomar um rumo mais definido.

"Antes de decidirem viver juntos, é melhor um deixar claro para o outro o que pretende sobre o futuro. O tempo de fertilidade da mulher é curto e é ela quem, geralmente, faz mais questão de ter filhos. Investir em um relacionamento por anos para concretizar esse sonho podo significar jamais realizá-lo", afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano, co-autora do livro "Puericultura - Princípios e Práticas" (Ed. Atheneu). "Conversando antes, cada um vai poder refletir se vale a pena abrir mão do que quer em prol daquele relacionamento", completa.

Segundo o psicólogo Marcelo Lábaki Agostinho, do LEFAM IP USP (Laboratório de Estudos da Família, Relações de Gênero e Sexualidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo), o que acontece é que durante o período do namoro as conversas mais difíceis tendem a ser evitadas. "Os conflitos trazem o contato com a realidade, que é justamente o que se quer evitar em uma fase de paixão. A realidade pode provocar um choque na idealização do que cada um vê de melhor no outro", explica.

Qualquer pessoa que já teve um relacionamento sério já se pegou dizendo algo que não deveria durante uma briga, e também ouviu frases capazes de tirar qualquer um do sério. "Tem gente que discute tudo com muita agressividade, até problemas pequenos", diz a psicóloga e terapeuta sexual Ana Canosa, autora de "A Metade da Laranja? Discutindo Amor, Sexo e Relacionamento" (Ed. Master Books). Para ela, a melhor solução para evitar esse tipo de situação é não discutir quando os ânimos estão alterados e avaliar o peso do problema que está sendo tratado. "Se sua intenção é detonar o outro, fale o que quiser. Mas se quiser resolver o problema, algumas coisas não devem ser ditas", afirma. A seguir, veja quais são as piores frases que costumam ser ditas em brigas de casais e saiba por que evitá-las. Por Andrezza Czech, do UOL, em São Paulo.
 Portanto, será que um casal que começa a traçar planos de uma vida em comum consegue abrir espaço para falar sobre essa divergência, ou seja, se um deles quer ter filhos e o outro não? Provavelmente, a discussão será adiada e, somente após o casamento, o casal irá se defrontar com o dilema.

Mesmo que o tema seja debatido antes de a relação se consolidar, não devemos ignorar o fato de que as pessoas mudam com o tempo. E por isso o assunto precisa voltar a ser debatido com os pés na realidade atual, não de acordo com o que combinaram no passado.

"No início, quando há uma grande paixão, os filhos parecem desnecessários. Ao ficarmos mais velhos, as necessidade são outras, como o desejo de termos herdeiros e uma razão para lutar. Já ouvi de várias pessoas o quanto passaram a se sentir fortes e lutadoras quando se tornaram pais e mães", afirma Ana Cássia.

A terapeuta de família Elenice Gomes, da APTF (Associação Paulista de Terapia Familar), diz que o diálogo é sempre o melhor caminho para o entendimento de qualquer relação. "Mudar de ideia faz parte da dinâmica das pessoas, é vital. Se houver mudança de pensamento ou desejo, mais conversa é necessária para o realinhamento do casal", declara.

Você está preparada para ser mãe?
A decisão envolve questões como estabilidade emocional, situação financeira, capacidade de lidar com rotina e vida pessoal, profissional e amorosa, entre outros. Faça o teste e descubra se está pronta para a maternidade.
 

Motivações e temores em discussão

Ao discutir o assunto, é preciso que os dois levem em consideração o que cada um quer, sem deixar de lado aquilo que o outro almeja. Analisar a fundo argumentos e motivações é fundamental. O projeto sonhado de um filho está relacionado a quais desejos inconscientes de cada ser humano? Pode ser, por exemplo, a reparação de cuidados infantis que foram sentidos como insuficientes para o sonhador, entre outras coisas. Se há um empecilho grande para gerar uma criança, como uma questão financeira pouco propícia, o melhor é que se organizem.

"Muitas vezes, o problema não é de ordem prática, e, sim, emocional: há pessoas que não se sentem capazes de exercer a função de pai ou mãe. Se esse for o caso, o melhor é dividir com o cônjuge esse temor. Ninguém nasce preparado para isso, só a experiência faz um pai ou uma mãe", diz Ana Cássia. "Talvez o desejo de ter ou não um filho pode agregar outras divergências. Tenha em mente que a decisão de ter um filho é algo para toda a vida, o que traz questões mais prementes e intensas para o casal", afirma Marcelo.
 
Para o especialista da USP, nem sempre os prós vêm somente de uma parte do casal, assim como os contras não são necessariamente característica da outra parte. "Talvez para quem é a favor de ter um filho, em uma discussão séria e aberta, possam aparecer também aspectos contrários e vice-versa", conta. Ele ainda explica que o casal deve ponderar questões reais, como abrir mão de projetos individuais.
É inegável que a sinceridade e o diálogo devem ser a base de um relacionamento amoroso. Não são poucos os momentos, porém, em que nos calamos por receio de magoar o outro. Em vez de resolver os problemas, no entanto, essa atitude adia um confronto inevitável. Segundo especialistas, algumas verdades precisam ser ditas para o bem do casal. O importante é saber como dizê-las. Veja, a seguir, alguns exemplos. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo Lumi Mae/UOL

Ceder ou insistir?

Abrir mão de ter um filho para satisfazer a vontade do parceiro ou por medo de o casamento ruir, pode arruinar não só o relacionamento como a vida inteira de quem teve de desistir. Porém, aceitar conceber uma criança para atender um desejo unilateral também pode ter efeitos devastadores. "Dificilmente essa relação irá adiante assim", diz Elenice.

Entretanto, se não houver ruptura imediata do vínculo conjugal, quem "engoliu" o filho, certamente não terá um bom relacionamento com ele nem com quem decidiu tê-lo. Mais cedo ou mais tarde os relacionamentos se deteriorarão. " 
Quando um casamento não sobrevive à chegada de um bebê, há o perigo de a criança ser responsabilizada pelo fracasso. Isso nem sempre ocorre de uma  forma direta, mas a partir de aspectos inconscientes que surgem nas relações humanas. As funções materna e paterna são importantes no desenvolvimento e formação de qualquer criança, não importa quem as exerça.

Em quais casos vale a pena ceder e aumentar a família? Para a terapeuta familiar Elenice Gomes, entregar os pontos pode ser bom quando as dúvidas pairam no ar e o temor é o fator paralisador. "Esse medo pode até ser positivo, porque ter filhos hoje é um grande desafio no que diz respeito a educar, sustentar e amparar. E trabalhar a superação dos nossos medos faz parte de nossa evolução", diz. 

No caso das mulheres que anseiam muito pela maternidade, é preciso resistir à tentação de provocar uma gestação sem o apoio do homem. Mesmo com o tão sonhado bebê nos braços, a relação corre o risco de naufragar, já que o parceiro pode encarar a atitude como uma deslealdade. Por outro lado, o rompimento do casal é saudável quando um dos dois está irredutivelmente decidido a não ter o filho. "Não dá pra caminhar juntos quando os dois estão diante de uma encruzilhada e cada um quer seguir um caminho diferente do outro", fala Elenice.

OS CRISTÃOS E O CONSUMISMO


 

 Autor: Amin Rodor


Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando. Apocalipse 18:15

O consumo não é algo novo. Pode ser visto como o uso legítimo de recursos para a sobrevivência. Esse não é o caso do consumismo, que surgiu na esteira da Revolução Industrial, tornando-se um estilo de vida dominante em nossos dias. Até então, exceto pela elite rica, o consumo era baseado em necessidade. Luxos e gastos desnecessários eram tipicamente condenados, vistos como extravagâncias supérfluas.

A cultura atual, contudo, apresenta o quadro global de uma febre feroz e incontrolável para se ter e consumir. O poder de consumo é visto como um símbolo de superioridade social, sublinhando status profissional e econômico, mantendo distinção entre "aqueles que podem" e "aqueles que querem". Consumir é fashion, é ter estilo. Os hábitos de compra foram transformados, e extravagâncias parecem necessidades. O comércio, por meio da publicidade, conseguiu controlar as pessoas, ditando a elas o que vestir e comer, que tipo de móveis precisam comprar e como é o carro que devem ter. A propaganda passou a controlar o pensamento, e os produtos passaram a ser não apenas desejáveis, mas indispensáveis.

Para se criar a economia consumista, o crédito dos consumidores teve que ser expandido. O efeito disso foi o grande aumento do endividamento sobre pessoas e famílias. As consequências dessa Babilônia ainda não foram avaliadas em toda sua extensão. Desenvolveu-se até uma "religião materialista". Se no passado a resposta a questões essenciais, como "Quem somos nós?", vinha das Escrituras, hoje ela vem do mercado: "Somos o que consumimos." As pessoas são subjugadas pela sensação do consumo compensatório: consumir para sentir alívio do estresse. Consumir para sentir-se bem. A lógica é mais ou menos esta: "Se desejo, eu devo possuir. Se devo possuir, é porque eu necessito. E, porque necessito, eu mereço. Então farei qualquer coisa para possuir o que necessito e mereço."


A força da propaganda consumista é alicerçada em promessas falsas. Mas as Escrituras não têm boas-novas para o consumismo. O Apocalipse 18 antecipa o colapso do comércio, da propaganda enganosa, das fraudes e mentiras. Descubra a vontade de Deus para sua vida, e confie em Suas promessas infalíveis. Aprenda a relativizar a voz da cultura e seus apelos.